Os dois livros deste post são de fantasia. O primeiro deles se passa em um universo steampunk e o segundo é dedicado às bruxas.
A Máquina Diferencial - William Gibson e Bruce Sterling
Gibson e Sterling são ícones absolutos da ficção-científica. Gibson escreveu "A trilogia Sprawn" e "Neuromancer", obras imprescindíveis para quem gosta do gênero. Sterling é reconhecido pelos contos steampunk. Portanto, quando vi que eles tinham escrito este livro juntos, quase surtei de emoção.
Em uma Londres vitoriana steampunk, Charles Babbage construiu a Máquina Diferencial, uma supermáquina capaz de fazer cálculos avançadíssimos e, com eles, manter a Inglaterra na supremacia do mundo. Porém, há diversas intrigas que visam destruir esta supremacia e, consequentemente, a Máquina Diferencial, o que confere ao livro, predominantemente, um enredo político.
O livro, na realidade, é uma extrapolação, pois tanto Babbage quanto esta Máquina realmente foram construídas, em 1822. Porém, Sterling e Gibson trouxeram uma dimensão completamente nova ao instrumento, e também inventaram toda a sociedade e as personagens ao redor dela.
Porém, todavida, contudo... não gostei do livro. Terminei a leitura porque queria saber onde a estória iria chegar e, embora o final seja surpreendente, não me cativou. Gibson e Sterling juntos conferiram uma narrativa arrastada e demorada, com alguns trechos incompreensíveis e, na minha opinião, era fácil notar quando um e outro haviam escrito os seus respectivos trechos, pois a narrativa não ficou homogênea. Esperava mais da junção de dois cérebros tão geniais.
O Livro Perdido das Bruxas de Salém - Katherine Howe
Desde que li "As Brumas de Avalon" quando criança, sou apaixonada por estórias de bruxaria e misticismo. Dificilmente encontro um livro que me remonta à esta paixão mas, felizmente, "O Livro Perdido das Bruxas de Salém", foi uma grata surpresa.
Connie Goodwin é uma pesquisadora de História e, em meio a uma tese de Pós-Graduação, se vê cuidando da casa deixada em herança por sua avó. A casa, típica do século 16, esconde uma chave com um nome escrito: Deliverance Dane. Connie então começa a pesquisar quem é Deliverance e, bem, daqui para frente é spoiler.
O que mais gostei neste livro é que, além da estória cativante, Katherine Howe fez um trabalho de pesquisa histórica excelente (a exemplo da personagem Connie) e traz diversos fatos, costumes e hábitos que as mulheres tidas como bruxas desepenhavam no século 16. Gostei do caráter documental do livro.
O único aspecto desfavorável da obra é que algumas reviravoltas da narrativa, que deveriam surpreender o leitor, não tiveram este efeito comigo. Fora isso, recomendo a leitura.
Já leu alguns destes livros e quer deixar sua opinião? Comente aí embaixo que vou adorar saber! (:
0 Comments